Empresas pedem ao governo metas ambientais mais ambiciosas

Documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e Agricultura.
Grupo pede agenda mais ambiciosa de economia sustentavel na Amazônia. Foto Raphael Alves.

Com informações de O Estado de São Paulo

Carta assinada por 33 empresas e bancos, incluindo Bradesco e Itaú, aponta que agenda de retomada verde pode trazer investimentos ao País.

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em carta enviada ao governo federal, pede metas mais ambiciosas relacionadas ao clima e um esforço maior para a construção de uma agenda de retomada sustentável para a economia brasileira.

A carta respalda a meta de que o Brasil precisa buscar a neutralidade climática – ou seja, emissão líquida zerada de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – até 2050. Em dezembro, o Ministério do Meio Ambiente traçou planos para atingir este objetivo até 2060, quando avalizou o documento de diretrizes sobre assuntos do clima, a NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas),

Assinam a  carta enviada ao governo federal 33 empresas e bancos, entre elas Suzano, Microsoft, Shell, Braskem, Itaú e Bradesco (lista completa ao final).

A NDC brasileira foi feita na esteira do Acordo de Paris, que estabeleceu metas sobre o clima para o mundo. A primeira versão foi entregue em 2015 e a atualização saiu no fim do ano passado. Um dos principais objetivos do acordo é limitar o aumento na temperatura global até o fim do século a 2 graus Celsius, no máximo.

A carta começou a ser elaborada em dezembro, justamente por acharem que a meta definida pelo governo brasileiro foi considerada muito branda pelas empresas, segundo a presidente do CEBDS, Marina Grossi.

O documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Agricultura. “Mostramos ao governo e à sociedade civil que o setor empresarial apoia uma ambição climática no País.” Marina diz que a entidade espera se reunir até o fim da semana com o ministro Paulo Guedes (Economia) para debater o tema.

O governo tem sido pressionado também por outros atores, como ex-ministros do Meio Ambiente, economistas e pela Coalizão Brasil, Clima, Floresta e Agricultura, a ter uma postura mais ativa e determinante nas políticas de preservação e adoção de economia verde na Amazônia.

Confira a lista completa de empresas e instituições que assinam a carta: 

Bayer

Braskem

Bradesco

BRF

CBA

DSM

Ecolab

Eneva

Equinor

iCare

Ipiranga

Itaú

JBS

Lojas Renner S.A

Lwart

Marfrig

Michelin

Microsoft

Natura

Schneider Eletric

Shell

Siemens Energy

Suzano

Ticket Log

Tozzini Freire

Vedacit

Votorantim Cimentos

Way Carbon

Abag

Amcham

Cebri

Coalizão Brasil

ICC