O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi denunciado à Justiça nesta quarta-feira, 7, por tentativa de homicídio contra policiais federais pelo Ministério Público Federal (MPF). Para a Procuradoria, Jefferson agiu “dolosa e conscientemente” para matar os policiais que foram a sua residência, numa cidade do Rio de Janeiro, para prendê-lo.
O episódio ocorreu no dia 23 de outubro. Os agentes da Policia Federal foram até a casa do ex-presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) para cumprir ordem de prisão determinada pelo ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
“A utilização de 3 granadas adulteradas conjugada com a realização de aproximadamente 60 disparos de carabina na direção dos policiais, que se encontravam em plena via pública, resultou óbvio perigo comum”, afirma trecho da denúncia.
Para a Procuradoria, essa dinâmica da ocorrência na casa de Jefferson não deixa dúvida da intenção deliberada dele de tentar matar os policiais, havendo “prévio planejamento de confronto armado, o que poderia, inclusive, resultar em sua própria morte.”
Roberto Jefferson já cumpria prisão domiciliar, mas vinha descumprindo critérios para se manter nesta condição, como não dar entrevistas e não utilizar mídias sociais, entre outras coisas. A gota d’água para que Alexandre de Moraes expedisse mandado de prisão foi o ex-deputado ter chamado a ministra Carmem Lucia, do STF, de bruxa, e a ter comparado a “uma prostituta”, dessas “arrombadas.”
Os procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi assinam a denúncia. Eles relatam que Jefferson “tentou matar 4 policiais federais, com o emprego de explosivos e de meio que resultou perigo comum”. Os procuradores pedem também reparação por danos no valor de R$ 186 mil.
No episódio, um delegado e uma agente ficaram feridos por estilhaços.