Inércia dos poderes diante da “festa” anunciada é inexplicável

Todos já tinham visto do que esses seguidores extremados do covarde Jair Bolsonaro são capazes.
Vândalos invadiram a sede dos 3 poderes em Brasilia. Foto: Marcelo Camargo/ABr.

Extremistas bolsonaristas planejavam e anunciavam publicamente a invasão desde o dia 3.

A invasão do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional poderia ter sido evitada. O jornal O Estadão mostra que o ato de centenas de extremistas bolsonaristas neste domingo, 8, em Brasília, foi abertamente anunciado. Preparado. Organizado.

Diante disso, a inércia dos três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário é inexplicável. Creio que enfrentaremos dias ainda mais difíceis, mal começado o governo Lula 3 já com muitas desconfianças em razão da ambiguidade no campo econômico, e agora envolto em pesadas nuvens extremistas de atos de terror que já se sabia uma tragédia anunciada.

Todos já tinham visto do que esses seguidores extremados do covarde Jair Bolsonaro são capazes. No dia 12 de dezembro Brasília viveu a encenação abominável inicial, com o terror em ônibus e carros queimados, depois uma bomba que não vingou.

Deixar na mão da comprometida polícia política militar do Distrito Federal o encargo de vigiar e deter extremistas foi erro fatal. Ou uma conveniência política deliberada.

Tudo, relatam os jornalistas Levy Teles e Marcelo Godoy, vinha sendo organizado e preparado por extremistas leais a Jair Bolsonaro. Desde a tarde de terça-feira, 3, eles teriam começado a divulgar com intensidade por meio dos aplicativos Telegram e Whatsapp mensagens para se trazer manifestantes de todo o Brasil para a capital federal, com tudo pago.

“Em mensagem, os bolsonaristas radicais queriam unir policiais militares e militares da reserva das Forças Armadas. Também convocaram caçadores, atiradores e colecionadores de armas e bombeiros militares. Queriam pessoas com experiência militar para enfrentar as forças de segurança caso fosse necessário. Prometiam aos que fossem para Brasília: “Tudo pago. Água, café, almoço e janta. Ficará acampado no Planalto,” contam os repórteres.

Em outra, na quinta-feira, num dos grupos centrais dos manifestantes no Telegram tratavam de uma “operação” em três “trincheiras”: na primeira, a tomada do Congresso, do Palácio do Planalto, do Palácio da Alvorada e outros prédios em grande contingente. Num outro, o fechamento de rodovias e refinarias por caminhoneiros. Na terceira, ocupar os QGs. “Alinhar para concluir a missão”, finalizava o texto com a estratégia.

Outra estratégia, batizada de Festa da Selma, estava em diversas redes sociais, no Tok Stok. Convocava hora, data e local para a festança, dizia o que era preciso providenciar.

Veja uma das mensagens:

https://www.facebook.com/watch/?v=5816683931758720&ref=sharing