O Monitor do Fogo – uma parceria entre MapBiomas Fogo e o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) – divulgou na última sexta-feira, 27, informações sobre as queimadas nos principais biomas do Brasil no mês de dezembro de 2022.

No acumulado do ano, uma área do tamanho do estado do Acre foi atingida pelo fogo no país, somando 16,3 milhões de hectares queimados. É uma alta de 93% em relação ao ano anterior nas áreas queimadas em florestas.

Segundo reportagem de Marília Monitchele, no site de Veja,as vegetações florestais e arbóreas foram as mais afetadas, correspondendo a aproximadamente 2,8 milhões de hectares, quase o dobro de 2021. Desse total, 85% da área queimada estava apenas na Amazônia, que viu 30% de sua vegetação nativa ser destruída pelo calor.

O Cerrado, em números relativos, continua sendo o bioma mais afetado do Brasil, embora tenha sofrido um pouco menos quando comparado a 2021, tendo 45% de sua extensão atingida pelo fogo no último ano.

Os Estados de Mato Grosso, Pará e Tocantins são as regiões que mais concentram queimadas no Brasil . Mesmo áreas protegidas por lei, como Unidades de Conservação  Ambiental e Terras Indígenas, são em considerável parte atingidas pelo fogo.

É o caso do Parque Nacional do Araguaia, da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, do Parque Indígena do Araguaia, da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e do Parque Indígena do Xingu, que lideram os rankings de áreas protegidas devastadas.

Dezembro, de acordo com o Monitor do Fogo, foi um mês bem critico, com 90% de crescimento das queimadas em relação ao mesmo período de 2021.

O bioma Amazônia é o mais queimado do Brasil em números absolutos, com 7,9 milhões de hectares e praticamente metade do fogo contabilizado nos últimos 12 meses.

O Cerrado vem logo a seguir, e embora apareça em condição melhor do que a Amazonia, é o bioma mais afetado porque tem apenas metade da extensão da Floresta Amazônica. Na região sul, os  Pampas teve recorde de maior área queimada dos últimos quatro anos, perdendo 39.166 hectares.