Ministro de Lula usou voo da FAB e diárias para ir a leilão de cavalos

A agenda do ministro foi de apenas duas horas e meia, mas ele recebeu 4 diárias.
Ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Foto: José Cruz/ABr.

Uma nova matéria de O Estadão mostra a dor de cabeça para o governo Lula da Silva3 a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo. O jornal já mostrou a utilização de recursos do orçamento secreto de forma suspeita e favorecimento pessoal de dinheiro publico em estrada onde existe propriedade rural que lhe pertence.

Agora, o ministro usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e recebeu diárias pagas pelo governo para participar de leilões de cavalos de raça que chegam a valer mais de R$ 1 milhão. Era fim de tarde de quinta-feira, 26 de janeiro, quando Juscelino saiu de Brasília com destino a São Paulo para uma viagem “urgente”.

Sua agenda diminuta durou apenas duas horas e meia de compromissos. Da tarde de sexta em diante, conta o jornal, Juscelino, apaixonado por cavalos, se ocupou com agenda particular, assessorando compradores de animas entre outras atividades. Foi premiado em um “Oscar” de vaqueiros, e inaugurou praça em homenagem a um cavalo de seu sócio.

A agenda oficial do ministro não continha evento criadores de cavalos ou algo parecido. Entretanto, ele recebeu diárias para quatro dias e meio, no total de R$ 3 mil, e usou avião da FAB.

Segundo o Estadão, ao desembarcar na capital paulista, numa quinta-feira, Juscelino foi à sede da operadora Claro, onde permaneceu por uma hora. No dia seguinte, esteve por 30 minutos no escritório da Telebrás e encerrou os encontros oficiais após uma visita de uma hora à representação da Anatel.

“Na tarde de sexta e ao longo do fim de semana, o ministro ficou livre para se dedicar aos cavalos. Tudo custeado com verba pública. Ao justificar o deslocamento num sistema interno da pasta, alegou que se tratava de uma ‘viagem urgente,’” conta o jornal.

Aeronaves da FAB tem uso restrito. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. As diárias, por sua vez, são devidas em casos de viagens com necessidade de cobertura de despesas extraordinárias com o trabalho.