Em meio a invasões de terras, inclusive propriedades produtivas e centros de pesquisa da Embrapa, o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) foi convidado pelo governo Lula3 e fará parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o “conselhão,” grupo formada em março para debater políticas publicas a serem adotadas pelo executivo.
A Informação foi dada pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, no final da tarde de sábado, pelo twitter. Ele disse que o trabalho na agricultura familiar “vai contribuir com políticas para a produção de alimentos saudáveis no nosso país.”
O governo também entrou em conflito com a organização da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a maior feira do agronegócio no país. Segundo o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), ele teria sido desconvidado a participar do evento quando informado que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria presente.
Em razão disso, houve a determinação da Secretaria da Comunicação do Governo para que o Banco do Brasil suspenda o patrocínio dado a Agrishow.
No twitter, Padilha ainda se referiu à CPI do MST, dizendo que não há fato determinado para que ocorra a investigação como exige a Constituição.
Entrevistado pelo Globo neste domingo, 30, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o esteve com o pessoal do MST, mostrou que o agronegócio não tem problema em conviver com a agricultura familiar, assim como os assentados não são inimigos das terras produtivas.
“Surgiram mais invasões à Embrapa e a terras produtivas de celulose, principalmente em estados onde o governo estadual é aliado do governo federal. Qual é o risco de não darmos um freio nisso logo? É que a turma do campo está amedrontada, assustada e armada. Para acontecer um problema falta pouco. Integrantes do governo já refutaram as invasões, mas não houve medidas firmes para impedi-las efetivamente. Então, vai ter CPI,” declarou Lira.