O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) perde protagonismo e vira assessor do presidente Lula da Silva para manter nas rédeas a frágil base do governo que tem ministérios na Esplanada. Depois do Estadão antecipar no dia 4 que Lula assumiria a articulação política com o Congresso Nacional, o jornal informa sobre uma reunião ocorrida nesta segunda-feira, 8, no Palácio do Planalto.
Lula teria reunido os líderes do governo para cobrar o apoio das legendas da base aos projetos prioritários enviados pelo Palácio do Planalto. O governo quer fidelidade de quem tem cota ministerial. Uma segunda rodada de conversas deverá ocorrer na quarta-feira, 10, com as lideranças do PSD e PSB. Segundo o Estadão, a partir de agora essas reuniões serão regulares e irão contar com a presença de ministros indicados pelas siglas para alinhar a atuação no Congresso.
Até agora, desde que assumiu o governo, o grande feito de Lula da Silva tem sido viajar pelo mundo. Chegou da coroação do rei Charles agora irá para o Japão, delegando as prioridades – acho eu – que são o marco fiscal e reforma tributária unicamente ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).
Ele decidiu assumir algum controle pela negociação política depois da derrota em que quase 300 deputados derrubaram parte dos decretos 11.466 e 11.467 que ele buscou regulamentar – entrando, porem, no mérito da lei – a norma do Marco Legal do Saneamento.
Nessa votação, até mesmo parlamentares da base, como os do MDB, que tem assentos na Esplanada votaram para derrubar trechos dos decretos. Não sei razão: são um retrocesso e um estmulo à corrupção por permitir contrataçao de estatal de saneamento sem licitação.
Lula da Silva também já pediu aos ministros que liberam R$ 10 bilhões em emendas para senadores e deputados federais.