Agência Brasil e blog
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (26), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio do Planalto, em Brasília. O argentino chegou por volta das 13h15 e, na sequência da reunião privada, os dois almoçam no Palácio Itamaraty. Até o momento, não há previsão de declaração à imprensa.
Maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul, os argentinos enfrentam uma grave crise econômica, com desvalorização da moeda local, perda do poder de compra e altos índices inflacionários. Uma seca histórica também afeta as safras de grãos da Argentina, aprofundando a crise e colocando em risco as metas acordadas pelo país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no pagamento das dívidas.
Até o momento, não se sabe se o Brasil irá mesmo financiar, atraaves do BNDES, o gasoduto de Vaca Muerta, altamente poluente,na Argentina. O país conta com cerca de R$ 8 bilhões para a obra, e já em 2022, antes da posse de Lula, anunciou que o banco de desenvolvimento brasileiro iria financiar empresas daquele país. Em janeiro deste ano, ao falar para empresários argentinos, uma das primeiras viagens feitas, Lula disse que o BNDES poderia financiar o projeto, complexo e bastante questionado. Criticas nas redes sociais contra o governo explodiram. A ministra do Meio Ambiente Marina Silva demonstrou contrariedade, uma vez que a obra se contrapõe à política ambiental que ela tenta imprimir, baseada na bioeconomia e em projetos sustentáveis.
Não se sabe se o gasoduto argentino será mesmo financiado pelo BNDES. Tudo indica que na conversa desta segunda-feira, 26, será definido financiamento pelo banco nacional brasileiro para empresas que queiram atender com seus produtos a obra argentina. Não se discutiu ainda valores.
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