STF forma maioria para restabelecer piso salarial da enfermagem

Piso de enfermagem não foi garantido para trabalhadores de instituições privadas da área da saúde.
Primeira turma do STF acolheu denúncia contra 7 oficiais da PM/DF. Foto: Nelson Jr.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na sexta-feira, 30, para restabelecer o piso salarial da enfermagem no setor público, em sessão ocorrida no plenário virtual da Corte. Os sindicatos da categoria, enendeream seis ministros, devem intermediar o pagamento nestes casos. Há divergencia, no entanto, das condições para o setor privado, e por isso a decisão não foi referendada. As instituições privadas não estão obrigadas a pagar o piso.

O ministro Dias Toffoli determinou que trabalhadores do setor privado recebam o piso de forma regionalizada, atendendo a normas de cada Estado, e por negociação entre patrões e trabalhadores. O voto foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Nunes Marques.

A Corte seguiu decisão da liminar de Luis Roberto Barroso, que havia estabelecido que os valores do piso devem ser pagos por estados, pelo Distrito Federal, pelos municípios e por autarquias somente nos limites dos recursos repassados pela União. Essa liberação ocorre depois que o governo federal conseguir a aprovação do projeto que liberou R$ 7,3 bilhões para bancar a medida, mas o recurso, conforme acentuou o proprio Barroso, não é suficiente para custear em definitivo a implantação do piso salarial.

Segundo a Confederação Nacional dos Municipios (CNM), a partir do ano que vem sem aporte da União muitas prefeituras terão dificuldade em honrar o piso.