E o Estadão vem com mais uma novidade em relação ao presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex): a sonegação, à Justiça Eleitoral, da compra de um apartamento duplex de 540 metros quadrados, no valor superior a R$ 4 milhões, na Asa Norte, em Brasília.
A declaração de bens feita pelos candidatos é uma exigência da Justiça Eleitoral para garantir que o eleitor possa acompanhar a evolução patrimonial do seu candidato e indica também se ele próprio pode ou não doar dinheiro à própria campanha.
Segundo o jornal, Jorge Viana (PT), que teria alterado o próprio estatuto da Apex para se manter no cargo, com salário de R$ 60 mil, teria adquirido o luxuoso apartamento em fevereiro do ano passado. É uma cobertura duplex, em um dos locais mais nobres de Brasília, avaliada em R$ 4,2 milhões, montante superior ao valor total declarado ao Tribunal Superior Eleitoral em outubro, quando Viana tentou de novo ser governador do Acre. O patrimônio informado foi de R$ 3,6 milhões.
O imóvel ainda não foi transferido para o nome de Jorge Viana segundo a reportagem. Ao omitir o patrimônio à Justiça Eleitoral, Jorge Viana pode responder pelo crime de falsidade ideológica. Por meio da Assessoria, segundo o jornal, o imóvel foi declarado à Receita Federal. E mais de um ano da compra, não se sabe por que a transferência não foi feita.
Quando tentou voltar ao cargo de governador do Acre, Viana informou ser dono de um apartamento de R$ 1,4 milhão e de uma casa de R$ 330 mil. Não há detalhes na declaração sobre as localidades desses imóveis. São bens que não chegam à metade do valor do novo apartamento. Ele também disse possuir outro R$ 1,7 milhão em terrenos.
Na Apex, nomeado pelo presidente Lula da Silva, Jorge Viana, além de promover alteração estatutária por não ter o requisito de falar inglês, abriu espaço nas diretorias, antes inexistentes, para apadrinhar aliados políticos que acompanham sua trajetória política tanto no Acre quanto na função de ex-senador em Brasília. Essa informação também foi publicada pelo Estadão.
Escancarou a importante instituição para arranjos políticos, antes barrados pelo estatuto, banindo as escolhas técnicas.