Durante a abertura do evento ‘Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste’, realizado na quarta-feira, 26, no Palácio do Planalto, com as presenças dos governadores de Pernambuco, Ceará, Maranhão e do vice-governador da Bahia, o ministro da Casa Civil Rui Costa disse que a Petrobras vai intensificar estudos para exploração do petroleo na Margem Equatorial, area que abrange seis estados. Costa foi escalado pelo presidente Lula para mediar o conflito entre as áreas ambiental e de energia do governo em torno do assunto.
A Petrobras aguarda posição do Ibama sobre uma licença para uma perfuração maritima relativa ao bloco FZA-M-59, que abrange os Estados do Amapá e parte do Pará, e foi obtido pela empresa em leilão ocorrido em 2013. De lá para cá nada foi feito para a exploração do óleo, e nem mesmo a produção estimada é de conhecimento da Petrobras, que pretende agora conhecer essa capacidade.
Desde maio a situação está pendente, embora a Petrobras já tenha reformulado exigencias ambientais. A região se estende por uma área de 2.200 quilômetros de litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte e acredita-se que tenha reservas ainda maiores do pré-sal das Bacias de Campos e Santos.
A área que, compreende a foz do Rio Amazonas, é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil. Uma companhia de petróleo vale pelas suas reservas provadas e a Margem Equatorial é uma de suas prioridades, se pronuncia a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), que tem feito apelo para que a exploração ocorra.
“Temos outros desafios com a chamada Margem Equatorial, que pega desde o norte do Amapá até a bacia do Rio Grande do Norte, com investimentos e pesquisas que a Petrobrás vai manter e vai intensificar porque se acena com a possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil,” disse Rui Costa.
Lideranças da Amazônia defendem a exploração da Margem Equatorial, incluída no plano estratégico da Petrobras 2023-2027. Segundo a Aepet, o Ministério de Minas e Energia calcula a exploração de petróleo na região área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de uma arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões. Estimativas da pasta apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis na fronteira brasileira, quase 80% do que o Brasil tem de reservas provadas.