Heleno depõe na CPMI; general diz que não sabia da minuta do golpe

Apesar do STF ter garantido o direito de ficar calado, general Heleno fala à CPMI.
Relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama. Foto: Pedro França.

O general Augusto Heleno depõe neste momento na CPMI do 8 de janeiro. À pergunta  da relatora Eliziane Gama (MA), o general disse que nunca soube da minuta do golpe, documento encontrado com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro  e ex-secretário da Justiça Anderson Torres.

O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse que todas as vezes em que esteve com o   ex-presidente Jair Bolsonaro ele sempre dizia para atuar nas quatro linhas, e que nunca soube ou teve acesso à minuta do possível golpe.

Ao ser perguntado sobre o que ele queria dizer quando falou que bandido não sobe a rampa, ele disse, sendo aplaudido: “Eu continuo até hoje achando que bandido não sobe à rampa.”

Heleno foi aplaudido de pé por parlamentares da tropa de choque bolsonarista ao chegar no plenário da CPMI. O ex-ministro disse ter ocorrido transição do governo Bolsonaro para o presidente Lula. A mudança de comando tumultuada também é apontada como uma fator que teria prejudicado a gestão de G.Dias no GSI.

“Diferentemente do alegado pelo ex-ministro do GSI Gonçalves Dias houve sim a transição e foi muito bem realizada por meio do secretário executivo e do secretário executivo adjunto. Foram feitas três palestras ao ministro que ainda não estava em exercício.  Uma delas assistida por Aloizio Mercadante. Nessas oportunidades as portas do GSi estavam abertas”, afirmou Heleno.