Entrevistado pelo Canal Livre, na TV Bandeirantes, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse no domingo, 26, que cumprida a etapa da votação e aprovação da reforma tributária – atualmente na Câmara após mudanças no Senado – o “passo imediatamente seguinte do Congresso Nacional deve ser obrigatoriamente a destinação final da arrecadação tributária.”
“Precisamos avaliar o gasto público, a despesa pública, avaliar o tamanho e discutir possível reestruturação do Estado brasileiro. Não é caça às bruxas, eliminar direito adquirido deve ser preservado, mas é inevitável que o ano de 2024 sob ponto de vista econômico tenha como prioridade a discussão de um Estado brasileiro necessário,” declarou ao responder pergunta do cientista político Fernando Schüler.
Schuller perguntou se não preocupava o Senado Federal o governo gastar sem lastro fiscal, não havendo nenhuma notícia do governo sobre modernização do Estado, despesa pública, ajuste estrutural e reformas, com preocupação centrada na receita e com um déficit público superior a 170 bilhões, e sem conseguir cumprir a meta fiscal.
O senador Rodrigo Pacheco disse que na discussão inicial da reforma tributária alertou, inclusive aos críticos dela, que cumprida essa etapa a revisão do gasto público precisa ser feita.
“Cabe ao Executivo propor algo, mas se não o fizer, o Congresso Nacional o fará,” declarou.
Ele disse que ao país não cabe um Estado mínimo com “tantas carências e deficiências como tem o Brasil,” mas não pode ser também um Estado inchado, com “órgãos sobrepostos, com privilégios e desperdícios.”
Para o senador, “é inevitável” que a questão seja encaminhada pelo Executivo, mas caso por “alguma dificuldade política, inclusive em razão de sua base ideológica, o Congresso Nacional, que foi capaz de fazer a reforma trabalhista, reforma previdenciária e tantas outras é perfeitamente capaz de fazer ajuste no Estado brasileiro.”