Povo Suruí Paiter,de Rondônia, irá lançar 1ª agência de etnoturismo no Brasil

Além de visita presencial, o projeto preve a criação de plataforma para visitação virtual na floresta.
Agência de etnoturismo na comunidade Suruí. Foto: Reprodução/PPBio.

Com informações da Agência Brasil e Blog

Do município de Cacoal, em Rondônia, vem mais uma iniciativa da comunidade indígena Suruí Paiter, onde vivem pouco mais de mil  indígenas, para reafirmar sua autonomia e promover iniciativas que possam promover qualidade de vida de seu povo.

Será o lançamento da primeira agência de etnoturismo do Brasil, um investimento possível com recursos do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), idealizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O projeto Yabnaby – Espaço Turístico Paíter Suruí – está sendo implantado na Terra Indígena Sete de Setembro, território de 224 mil hectares em que vivem esses indígenas. O projeto está sob a coordenação da organização não-governamental Idesam, com atuação em toda a Amazonia.

A comunidade trabalha para que a agência comece a funcionar no início de 2025, com sede no município de Cacoal e representação em Porto Velho, capital de Rondônia, com visitação online e física dos turistas.

Idealizado pela liderança indígena Almir Suruí, o projeto recebeu invesimento de R$ 522 mil do PPBio para elaboração de um plano estratégico de negócios. A comunidade liderada por Almir tem se destacado pelo empreendedorismo nas terras em que habita.

Ela tranformou antigos cafezais de invasores, em uma produção premiada, com reflorestamento, tornando o café a principal fonte de renda para as famílias.

O enoturismo é uma modalidade turística para que viajantes conheçam de  perto a vida, os costumes e a cultura de um determinado povo, especialmente povos indígenas.

“Neste ano de 2024, a gente vai construir todo o plano de marketing, o plano de comunicação e o plano de negócio. A agência vai ser responsável por implementar a estratégia que será criada aqui”, explicou Almir Suruí à Agência Brasil.

O projeto foi idealizado prevendo a criação de uma plataforma para visitas virtuais na floresta, onde as pessoas da comunidade irão contar sobre a história do povo Suruí Paiter, o modo de vida dos indígenas, sua cultura etc.

Turistas poderão ter uma imersão online por meio de várias seções, com temas diferentes, na realidade da Amazônia. O contato presencial permitirá ao visitante tomar banho de rio, conhecer a comida tradicional do povo indígena, a medicina por ele praticada, andar de barco, fazer trilhas e outras atividades.

Haverá também o turismo físico, presencial, na comunidade, onde os visitantes poderão tomar banho de rio, conhecer a comida e medicina tradicional, participar da dança, contação de histórias, passeios de barco, trilhas na floresta e vivência com atividades produtivas.