Pesquisar
Close this search box.

Rios da Amazonia registram níveis abaixo da média histórica

Decretaram situação de emergência 53 municípios do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima.
Embarcação e flutuante encalhados em Manaus na seca de 2023. Foto: Rafa Neddemeyer/ABr.

Os rios da Amazônia têm registrado recordes de baixas cotas na comparação com as séries históricas de registros em agosto, isso um mês antes de se atingir na região o mês mais crítico da seca, que costuma ser setembro. Segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão ligado ao Ministério da Defesa, o rio Solimões está três metros abaixo da média do período do ano.

Afluentes como os rios Madeira e Acre registram níveis históricos de estiagem. Em julho, o Madeira bateu uma sequência de recordes de seca para o período, com níveis mínimos históricos. No último dia do mês, a água baixou a 2,45 metros, o nível mais baixo já registrado no mês de julho desde que o monitoramento passou a ser feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) há 57 anos.

Não dá para dizer, entretanto, que embora o volume de chuvas seja muito baixo, inferior à medida esperada para esta época do ano em parte da Amazonia, que a estiagem é a mais intensa já registrada na região segundo o analisa do Censipam Flávio Altieri.

“De forma geral, ascondições hidrológicas dos principais rios estão piores do que as observadas em 2023, ano marcado pela pior seca na Amazônia. As previsões climáticas indicam que não há sinais de melhora no quadro chuvas para os próximos meses. No entanto, devido à vasta extensão territorial e à diversidade da região, não é possível garantir que a seca de 2024 será mais severa,” afirma.

O que já se confirma pelo Censipam é um quadro de seca extrema, que é o penúltimo nível de severidade na escala de cinco estágios de medição do fenômeno. Nesse nível é esperada escassez de água generalizada, restrições e grande perdas de plantações.

Em reunião realizada na tarde de quarta-feira,21, no Palácio do Planalto, os governadores da Amazonia Legal trataram de medidas para amenizar os impactos da estiagem no norte do Brasil. Durante o encontro, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), informou que já aprovou na terça-feira,20, o repasse de R$ 11,7 milhões para ações de defesa civil nos estados do Amazonas e Roraima e também reconheceu a situação de emergência em 53 municípios do Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia.

Com informações da Agência Brasil e Censipam.