Eleição no Amapá contaminada pelo crime organizado; PF investiga políticos

Um dos políticos presos é aliado do prefeito de Macapá; o Estado do Amapá tem cinco facções criminosas.
Sede da Polícia Federal em Brasília. Foto: José Cruz.

A eleição no Amapá, capital de Macapá, está contaminada pelo crime organizado. A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira, 20, operação para investigar o envolvimento de organização criminosa nas eleições no Estado: dois políticos foram alvos de mandados de prisão.

A ação, que envolve também mandado de busca e apreensão, foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá,

A PF investiga ligação do crime organizado em eleição no Amapá e prende aliado do prefeito da capital. Batizada de Herodes, a PF prendeu Jesaias Silva e Silva, conhecido como Jeiza, subsecretário de Zeladoria Urbana na gestão do prefeito Dr. Furlan, do MDB.

Existe a suspeita de que Jesaias seja membro de uma organização criminosa. Outro suspeito, que ainda não se sabe se foi preso, é Luanderson de Oliveira Alves, o “Caçula”, candidato a vereador na capital pelo PSD.

Caçula, segundo a PF, é suspeito de compra de votos, coação eleitoral, tráfico de drogas e organização criminosa.

Dr. Furlan, o prefeito, caminha para uma vitória folgada nas eleições da capital. Tem 86% das intenções de voto. As candidatas Aline (Republicanos) e Patrícia Ferraz (PSDB), com 4% das intenções de voto cada uma, vem em seguida, segundo pesquisa Quaest.

Conforme levantamento feito pelo jornal O Estadão, o Amapá é território de cinco facções: Família Terror do Amapá, Amigos para Sempre, União Criminosa do Amapá, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

No sistema prisional brasileiro, 88 grupos criminosos estão presentes em todo o país, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.