Pesquisadores criam Centro Franco-Brasileiro da  Biodiversidade Amazônica

Organizado de forma virtual, o Centro servirá de apoio à execução de projetos de pesquisa científica da biodiversidade amazonica.
Henrique Pereira (Brasil/Inpa) e Gilles Kleitz (França/IRD), diretores do Centro. Foto: Camila Barbosa.

Brasil e França ganham mais espaço para cooperação cientifica entre os países em iniciativas para a biodiversidade e sustentabilidade na Amazônia. No dia 20, em Manaus, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (Inpa) promoveu reunião que resultou na entrada em operação do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica e a Comissão Mista Estratégica Brasil-França.

A Comissão Mista, segundo Inpa, é uma ferramenta que a França desenvolve apenas com parceiros de grande importância científica. Ela prevê ações conjuntas entre os países pelos próximos três anos.

O Centro Franco-Brasileiro tem como finalidade promover a pesquisa conjunta sobre biodiversidade nos estados da Amazônia brasileira e na Amazônia francesa, na área do escudo cristalino da Guiana, incluindo os pesquisadores e instituições dos dois países.

Do lado brasileiro, a área abrange o Amapá principalmente, Roraima, norte do Pará e norte do Amazonas. O Centro não tem rede física, é organizado de forma virtual, e servirá de “apoio à formação e ao reforço das competências científicas na Amazônia e à realização de projetos de pesquisa.”

Cinco temas prioritários já foram definidos para estudos em uma primeira reunião. Eles são pesquisa básica em biodiversidade, o conhecimento sobre a fauna, a flora e os microrganismos, até bioeconomia com suas vertentes biotecnológica, da floresta e da sociobiodiversidade.

“O Centro também tem o interesse em fomentar o desenvolvimento de processos, produtos e tecnologias para desenvolver a bioeconomia na região. Como é uma agenda bilateral, isso envolve a cooperação internacional”, explica Henrique Pereira, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e diretor nacional do Centro pelo lado brasileiro.

O Centro será dirigido por dois codiretores. Pelo lado francês, o diretor nacional é Gilles Kleitz, Diretor Científico do IRD, Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD).

O Centro terá, ainda, pesquisas sobre saúde, sustentabilidade e diálogo com a agenda do clima. Os pesquisadores dos dois países Brasil e França vão investigar os impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade e as soluções baseadas na natureza para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Com informações do Inpa.

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