Resgate de trabalhadores e inutilização de mina são feitos pela PF em Maués

Método de garimpagem encontrado em cidade do Amazonas é incomum e de alto risco.
A equipe da Operação Mineração Obscura 2 não informou quantos trabalhadores foram resgatados. Foto: Reprodução/PF.

Primeira operação de desintrusão de uma mina de garimpo subterrâneo, a Operação Mineração Obscura, realizada entre os dias 31/01 e 03/02 pela Polícia Federal no Estado do Amazonas teve como objetivo inutilizar minas subterrâneas de garimpo ilegal e resgatar trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão em Maués.

Participaram da operação a Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

A investigação teve início a partir de denúncias de exploração de mão-de-obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro, sendo esta operação um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já identificara práticas semelhantes na região.

Foram constatadas pelas equipes em campo que jornadas exaustivas sem acesso a direitos básicos eram enfrentadas pelos trabalhadores, expostos ainda a riscos por causa do uso de substâncias químicas tóxicas.

A extração do minério, segundo a Operação, ocorria por meio de minas subterrâneas – um método incomum e de alto risco –, com danos ambientais avaliados no valor de R$ 1 bilhão, considerando desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação.

O garimpo alvo desta operação é um dos mais antigos do Brasil.