Depois de uma semana de especulações sobre privatização e entrega para uma Organização Social do gerenciamento de hospitais do Estado, a Secretaria da Saúde de Rondônia (Sesau) informou nesta quarta-feira, 16, que publicou no Portal Nacional de Contratações Públicas o Aviso de Contratação Direta nº 90127/2025 para selecionar empresa especializada a fim de gerenciar unidades hospitalares.
Em caráter emergencial, a contratação prevê o gerenciamento da “estrutura física e de pessoal, bem como a execução de serviços profissionais na área médico-hospitalar, incluindo o fornecimento de bens e insumos necessários para o pleno funcionamento do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II (HPSJPII), da Unidade de Assistência Médica Intensiva (AMI) e do Hospital de Retaguarda de Rondônia (HRRO).”
O valor estimado é de pouco mais de R$ 500 milhões. O recebimento de propostas ocorrerá até o dia 22 de abril, terça-feira.
Em entrevista à Rede Amazônica recentemente, o secretário da Saúde Jefferson Rocha disse que a “porta de entrada da saúde continua sendo pública e não há previsão de terceirização dos serviços.”
O secretário diz que a contratação de empresa tem por objetivo é suprir a carência de profissionais especialistas nas unidades e garantir a continuidade dos serviços. “Independentemente do modelo de gestão adotado, todos os contratos regulares atualmente vigentes serão mantidos, tanto de servidores estatutários quanto de profissionais contratados emergencialmente. A gestão continuará sendo pública, com fiscalização integral por parte do governo do estado”, disse o secretário.
O governador de Rondônia Marcos Rocha entende que a medida representa um avanço na melhoria do sistema de saúde estadual. “Este é um passo importante para o fortalecimento da rede pública de saúde, com ampliação do atendimento e valorização dos usuários do SUS.”
Segundo o governo, o modelo a ser contratado emergencialmente é utilizado no Hospital Regional de Guajará-Mirim, e se tornou referência na qualidade de atendimento especializado e estrutura física. Esse modelo garantiu a geração de mais de 400 empregos diretos para profissionais da saúde na região.
O governo cita outra experiência que, segundo a Sesau, é bem-sucedida. Vem do Rio Grande do Sul a adoção, pelo governo estadual, do mesmo modelo de gestão no Hospital Alvorada, “visando melhorias nos serviços assistenciais e na infraestrutura da unidade,” diz o governo.