Advogados do ex-presidente Fernando Collor pediram que o cliente seja colocado em prisão domiciliar, mas o ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal da ação penal em que Collor foi condenado a pouco mais de 8 anos de prisão, concedeu nesta segunda-feira, 28, após audiência com a defesa, o prazo de 48 horas para entrega de documentação.
Segundo os advogados, o quadro do político requer a concessão de prisão domiciliar humanitária. Moraes exigiu da defesa informações como prontuário e histórico médicos, além de exames anteriores.
Os advogados alegaram que o ex-presidente tem comorbidades graves, que incluem doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, e tem idade avançada, 75 anos.
Na audiência de custódia, entretanto, Collor respondeu, segundo veículos de imprensa como o Estado de Minas, que não está doente e nem faz uso de medicação.
O ministro Alexandre de Moraes é o relator da ação penal em que Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente cumpre pena no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). Ele foi transferido para a unidade na sexta-feira, 25. Por ter ocupado o cargo de presidente da República, ele permanecerá na ala especial da prisão.