Ibama ainda não vistoriou Unidade de Atendimento à Fauna entregue pela  Petrobrás no Oiapoque

Petroleira entregou há 40 dias a unidade, exigência do órgão ambiental para obter licença para explorar o poço FZA-M-59, a fim de conhecer o potencial petrolífero na costa do Amapá.
Sede da Petrobras, Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/ABr.

Uma exigência do Ibama para liberar a licença ambiental para perfuração de poço (FZA-M-59) exploratório de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, a Unidade de Reabilitação e Atendimento da Fauna localizada no município de Oiapoque (AP), entregue pela Petrobras há 40 dias, ainda não foi inspecionada pelo Ibama.

A informação é da Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET).  A entidade diz que a demora do órgão ambiental em realizar o procedimento pode impedir o início da pesquisa neste ano, como foi anunciado pelo ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira.

Em fevereiro, o presidente Lula, durante entrevista em rádio de Macapá, capital do Amapá, declarou que o Ibama é “um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo,” ao criticar a demora em uma licença destinada a fazer a pesquisa exploratória, conhecer o potencial petrolífero em uma perfuração distante da costa do Amapá.

“Não dá para ficar nesse lenga-lenga,” disse então o presidente.

No dia 5 de abril a Petrobras obteve do governo do Estado autorização para funcionamento do centro de atendimento aos animais, completamente instalado e adequado para funcionar como um hospital especializado e equipado para a fauna.

A AEPET informa que a Petrobras mantem sob contrato, que vence em outubro, a sonda ODN-II, de propriedade da Foresea, para realizar a perfuração exploratória do poço da Foz do Amazonas.

A diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos, explicou que, caso a perfuração comece antes do vencimento do contrato, a operação poderá continuar até a conclusão do poço — mesmo que ultrapasse o mês de outubro.

A sonda ODN-II está atualmente, de acordo com a AEPET, na Baía de Guanabara, passando pelo processo de limpeza de coral-sol, trabalho que deve ser concluído nos próximos dias.

Com informações de Alex Prado, AEPET.