No imbróglio do IOF, Haddad erra muito, mas erra sempre mais o regente. O regente do governo que bate cabeça na economia, que desde o primeiro dia atua com foco na arrecadação, é Lula da Silva. Não nos esqueçamos.
E sabemos que ele não é governante cioso do caixa do tesouro, do tipo que um colaborador qualquer pede sorvete e, para economizar, dá picolé. Ao contrário: basta ver as viagens e tudo mais que o cerca no seu Palácio e no dos outros poderes, mantidos pelo orçamento nacional. 37 ministérios! Parei de contar.
É preciso portanto impedir que o regente seja mantido a salvo das encrencas domésticas decorrentes de decisões econômicas, como sempre foi em mandatos anteriores, colocando Lula na categoria teflon _ nada gruda nele.
É Lula com seu desapreço por contas públicas arrumadas, alheamento aos problemas internos e favorecimento, desde sempre, com altos juros à banca como agora, que merece toda reprimenda.
A pusilanimidade presidencial para enfrentar sérios e agravantes problemas do Brasil é estarrecedora.
Falou em “medidas drásticas” em março para domar a inflação de alimentos, saiu a viajar pelo mundo e o assunto morreu, mas o preço alto da comida aí está e endivida famílias mais e mais.
Lula é Haddad. E Haddad é Lula. Não nos esqueçamos 2. Um e outro levam as contas públicas à falência, é certo, com data inclusive anunciada pelo próprio governo. Mas o regente finge que não é com ele. Como fingirá também com o vexame do IOF.
O regente, mesmo impopular, poderia chamar à concertação nacional todos os poderes. Exortar à vital necessidade de medidas estruturantes.
O regente, contudo, parece não se importar de que aumentar impostos é implodir pontes.
Uma conduta adotada mesmo com a bandalha com dinheiro dos aposentados na casa dos bilhões sob a mira de uma CPI. Está perdidaço o regente do Brasil.