O volume de desmatamento na Amazônia em julho atingiu 2.254,8 km², o que equivale a mais de um terço de todo a devastação dos últimos 12 meses, entre agosto de 2018 e julho de 2019, período em que o volume total de desmatamento atingiu 6.833 km².
Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), divulgado nesta terça-feira, 6. O Deter é um instrumento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fiscaliza ações de desmatamento, e a divulgação dessas informações tem sido questionadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
O desmatamento de julho chegou a um volume de 2.254,8 km² de devastação, volume 278% maior que o verificado em julho de 2018, quando foram registrados 596,6 km² de desmatamento.
Para evitar distorções, esses números consideram apenas as três categorias de corte de vegetação que o próprio governo identifica como desmatamento efetivo: desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração.
O governo tem desmentido dados oficias do Inpe desde maio, quando foi divulgado pelo jornal “O Estado de São Paulo” que os piores índices de desmatamento verificados na última década tem uma média de 19 hectares de vegetação derrubada por hora.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) considerou mentirosos dados divulgados pelo Inpe sobre o aumento do desmatamento da Amazônia. Na última sexta-feira, 2, ele exonerou Ricardo Galvão da chefia do órgão.
O coronel da reserva da Aeronáutica Darcton Policarpo Damião foi escolhido para assumir interinamente o comando do Inpe.