Cristina Paraguassu
O filme vencedor de quatro Oscars e da Palma de Ouro em Cannes tem atuações ótimas, um roteiro que não cai em clichês. Até o final precisamos ver apesar de tudo, para saber mais, além da incredulidade, confirmar o que sabemos ser real, apesar do exagero.
Ver a dura realidade que é igual no mundo globalizado atual, com poucas exceções, onde a desigualdade social chegou a níveis altíssimos, sem um tratamento piegas, mas com humor ácido, depois um clima quase de terror.
O que se faz para sobreviver? Eis uma questão do filme. Outra é: quem são os parasitas?
Impressiona também o ‘american way of life’ tão impregnado, exceto poucos detalhes, se você dubla em inglês pode dizer que está nos EUA; como os hábitos, estilo de roupa, decoração das casas, supermercado, escritórios, tudo, foi tão mimetizado? E muito provavelmente foi por meio do cinema.
A Coreia do Sul soube que investir em Cultura, além de dar lucro, tem um retorno social excelente, com aumento da autoestima, diversão que diminui o estresse, desempregos etc. Agora colhe os frutos com o premiado diretor Bong Joon-Ho.
Dá uma tristeza pensar que aqui não temos governos como os de lá, a desigualdade social é mais avassaladora e ainda somos xingados por autoridades, entre outros, de parasitas.
Quem sabe filmes assim sirvam para melhores votos nas próximas eleições.