O Brasil tem um presidente boçal. Rude, ignorante, estúpido. Ataca, quase diariamente, contra a honra e o decoro do cargo. É a mais pura verdade.
O comportamento de Jair Messias Bolsonaro é raso, desrespeitoso com o maior cargo da República e, o que talvez seja bem pior, seus seguidores, miquinhos amestrados, acham bonito e aplaudem.
A lei 1079, que define os crimes de responsabilidade, elenca os atos do Presidente da República que afrontam a Constituição. O artigo 9º avisa: é crime de responsabilidade, contra a probidade da administração, “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.”
O presidente boçal assim procede quase o tempo todo, só não vê quem cego deseja se manter.
Vivemos o espetáculo da estupidez nas lives, no twitter, nas declarações públicas.
No cercadinho onde a imprensa mendiga alguma informação da República de Boçais – se houvesse algum prêmio entre ministros, Abraham Weintrab (Educação) certamente seria o vencedor – , o séquito de seguidores aclama qualquer exibição misógina, sexista, grosseira, difamatória contra a imprensa ou contra qualquer outra instituição.
Aclama a mentira, a propagação de fake news, ato em que o presidente boçal se especializou e revela-se entusiasmado incentivador. Exemplo? Tem às pencas.
Olhem esse. Falando do miliciano Adriano, amigão da família, disse por estes dias que o filho Flávio Bolsonaro, então deputado no Rio de Janeiro, condecorou Adriano porque era “herói da Polícia Militar”. Mentira: Já estava preso, expulso da corporação, era um bandido, comprovadamente bandido, acusado do homicídio de um lavador de carros.
Reproduzir a fala do depoente desqualificado que na CPMI das Fake News mentiu ao dizer que a jornalista premiada internacionalmente Patrícia Campos Mello queria “sexo” em troca de informações foi enorme canalhice do presidente boçal.
O que mais se pode dizer? É apavorante seu comportamento. Contra a imprensa e jornalistas, especialmente mulheres, a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) contabilizou, no ano passado, 116 ataques de Jair Bolsonaro, que agora resolveu dar banana para os jornalistas no cercadinho do Palácio do Planalto.
Por essas e outras, como a carta dos governadores, há quem fale em providências legais para seu afastamento por crime de responsabilidade.
O humor do séquito boçal, porém, é outro: mais de 60% dizem que é compatível com o cargo de Presidente da República dar banana para os jornalistas, essa raça esquisita que tem por hábito escarafunchar o poder e exercitar diariamente a inteligência.
É por isso talvez que o presidente boçal não goste da gente.