Em 12 estados, renda média per capita é menor que mínimo

Com maior concentração de servidores públicos, o Distrito Federal tem rendimento 1,8 vezes maior que a média nacional: R$ 2.686. Foto: Divulgação/IBGE.

Os dados são usados para balizar a distribuição dos repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados), reforçam a concentração de renda entre os estados brasileiros. Para essa pesquisa, não há como comparar com o ano anterior, já que os números não são deflacionados.

Com maior concentração de servidores públicos, o Distrito Federal tem rendimento 1,8 vezes maior que a média nacional: R$ 2.686, mais do que quatro superior aos R$ 636 registrados no Maranhão, que tem o menor valor do país.

A pesquisa do IBGE mostra que, além do Distrito Federal, apenas sete estados tiveram rendimento acima da média nacional, nenhum deles nas regiões Norte e Nordeste: São Paulo (R$ 1.946), Rio (R$ 1.882), Rio Grande do Sul (R$ 1.843), Santa Catarina (R$ 1.769), Paraná (R$ 1.621), Mato Grosso do Sul (R$ 1.514) e Espírito Santo (R$ 1,477).

O restante ajudou a puxar a média para baixo. Entre os cinco com valores mais baixos, além do Maranhão, há Alagoas (R$ 731), Pará (R$ 807), Piauí (R$ 827) e Amazonas (R$ 842).

Um relatório divulgado em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial aponta que o Brasil ocupa o 60º lugar entre 82 países em um ranking que mede o índice de mobilidade social, ou seja, o quanto uma pessoa que nasce em determinadas condições socioeconômicas tem chances de melhorar essa posição ao longo da vida.

Aqui, um brasileiro nascido no patamar baixo mais de renda levaria nove gerações à renda média do país. Na Dinamarca, essa ascensão social demoraria só duas gerações.