Rondon, o Marechal da Paz

"A vida de Rondon é um conforto para todo brasileiro que ande descrente de sua terra", disse o poeta Manuel Bandeira.
Larry Rhoter diz que Rondon foi inquestionamente um grande brasileiro.

“Nem tudo é cafajestada nestes 8 milhões de metros quadrados.” – Poeta Manoel Bandeira.

5 de Maio é o dia em que nasceu Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal da Paz. Nascido em Mimoso, Mato Grosso, ele foi duas vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, uma delas pelo físico Albert Einstein, admirador de seu trabalho, porém as tentativas foram frustradas.

Essa recusa é atribuída pelo jornalista e escritor Larry Rother, autor da biografia de Rondon, onde relata sua expedição pelo centro-oeste brasileiro, com e sem a participação do ex-presidente americano Theodore Roosevelt, à visão preconceituosa de parte da comunidade científica européia e americana em relação a Rondon, descendente dos Bororó, um legítimo representante da miscigenação brasileira, e a seu dedicado serviço a favor dos indígenas.

Darcy Ribeiro pode ter exagerado, diz Rother, quando descreveu Rondon como “a mais rica, a mais enérgica, a mais coerente e a mais generosa personalidade jamais criada pelo povo brasileiro.”

“Mas não errou feio. Rondon foi inquestionavelmente um grande homem, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, e hoje, mais do que nunca, o país necessita desesperadamente de outros líderes como ele”, diz Larry Rother ao final da biografia.

Por ocasião de sua morte, com mais de 90 anos, o poeta Manoel Bandeira disse: “A vida de Rondon é um conforto para todo brasileiro que ande descrente de sua terra. Ela mostra que nem tudo é cafajestada nestes nossos 8 milhões de metros quadrados.”

Vale a pena ler o livro.