Diálogos sobre Educação:a tecnologia e o ensino na pandemia

Programa Papo Reto, veiculado no Facebook de Daniel Pereira, promoveu debate virtual.
Daniel Pereira, Fátima Gavioli, Vilson Sena e Alysson Macedo. Foto: Reprodução/Facebok.

Diálogos sobre Educação é o tema que o programa Papo Reto levou aos internautas por meio da página do superintendente do Sebrae/RO Daniel Pereira no Facebook, na noite de terça-feira, 12, atraindo educadores não apenas de Rondônia, mas também de Goiás.

Assisti o programa. É iniciativa de louvor, e Diálogos sobre Educação precisa ter sequência  porque é indiscutível o fascínio e a capacidade  da internet de congregar pessoas, de agasalhar nos espíritos conhecimento e curiosidade e não apenas em Rondônia mas em todo o Brasil a educação tem de ser incorporada em definitivo em nossas vidas como o ar que respiramos e o alimento que consumimos.

Alysson mostra na live paginas da Sala do Saber.

E mais debates devem ter porque é inquestionável a existência de profissionais da educação em Rondônia do maior gabarito, de interesse e compromisso repleto pelo ensino. Daniel Pereira disso sabe há tempos e deu mostras ao reunir nada menos do que a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli; o secretário de Educação de Espigão do Oeste e presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) Vilson Sena e o sócio-fundador da Sala do Saber Alysson Marcelo.

O superintendente, desde que deixou o governo, cruzou o Estado levando Educação para o Futuro, projeto semeado no Sebrae em parceria com o Sicoob, ação com entusiasmo recebida por educadores e estudantes, com propósito de melhora no Ideb.

Gavioli esteve à frente da educação de Rondônia. Contou de sua experiência em Goiás, como foi incorporada à equipe do governador Ronaldo Caiado, sobre o uso do transporte escolar para levar a 17% dos estudantes sem internet as atividades escolares e, no pandemônio da pandemia teve de criar um espaço para atendimento psicológico aos profissionais da educação.

Vilson: nada será como antes.

Sem medo da tecnologia, Gavioli reproduziu em Rondônia o projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica, com aulas gravadas em estúdio no IFRO. Inacreditável, levou bordoadas por isso. Teve apoio de Daniel Pereira.

Professor aos 16 anos, Daniel quis saber como esse tempo, indizível tempo, é aproveitado pela educação em Espigão do Oeste e demais municípios.  Vilson Sena disse que, com todos em casa, ninguém tem receita pronta para que o tempo parado não congele o conhecimento.

“Há um inimigo que ninguém sabe onde está. Então, os municípios fazem apostilas, distribuem, enviam aulas pelo whatsapp, uns ajudam os outros”, disse. Contou que o secretário Márcio, de Porto Velho, colocou à disposição uma plataforma online para todos os municípios.

Nada será como antes

“Tudo isso ameniza um pouco a distância no momento da pandemia, não é tão simples porque falta estrutura, mas tem uma coisa muito importante: o pai está mais presente, a família mais próxima.  E isso ajuda demais na educação”, relatou Vilson.

Nada será como antes agora e depois da pandemia, tem certeza o presidente da Undime/RO, no que os demais debatedores concordam, fazendo questão de ao vivo parabenizar os que estão fazendo o  melhor para que nesse momento os alunos aprendam.

Daniel Pereira joga a bola para Alysson Marcelo, do Paraná, sócio-fundador da Sala do Saber (www.saladosaber.com.br), uma plataforma online de cursos para Enem, ensino fundamental, ensino médio. Já são 500 mil alunos.

O que é, como funciona? É reforço, complementação, para alunos que têm dificuldade de aprendizagem. Não necessariamente, disse a secretária de Goiás, tem de ter internet para estudar. É possível baixar o conteúdo e transformar numa apostila.

“É criativo”, afirmou Gavioli. Tem uma interatividade com o jovem utilizando professores como se fossem  personagens de filmes, telas de conteúdo que lembram sagas do cinema, e para estudantes do oitavo e novo ano a plataforma é gratuita.

“Algo bonito de ver são os professores se movimentando para atender os alunos nesse momento”, disse Alysson, explicando que a Sala do Saber é um benefício a ser levado ao professor, para atender o aluno que não consegue acompanhar aulas de português e matemática.

Todos os professores de ensino médio da Sala do Saber tem pelo menos 9 anos de sala de aula e do ensino fundamental, 6. A plataforma gera para a escola relatórios com dados de alunos que estão usando ou não, se acertaram ou não exercícios etc.

O esforço para reduzir os danos da pandemia existe. Não tem como colocar alunos de volta à sala de aula ainda. O mediador Daniel Pereira acha que Rondônia poderia potencializar um instrumento como a Sala do Saber, afinal mais de 80% dos estudantes estão na rede estadual.

Ninguém esperava uma pandemia para perceber de verdade a importância da tecnologia, dos instrumentos de tecnologia da informação que podem levar o Brasil a outro patamar de desenvolvimento. É o que constata Daniel Pereira.

“Se continuarmos brincando vamos continuar no século XIX”, observou, parabenizando Alysson por disponibilizar gratuitamente a Sala do Saber. Um altruísmo que precisa ser multiplicado, pensa Daniel.

Doravante se multiplicam também os debates virtuais, as conferências, as reuniões de trabalho e assim podem continuar, por que não? Novos tempos, tempo para você, economia para o poder público e empresas e, oxalá prospere, mais investimento na cultura da EDUCAÇÃO do que no entretenimento pela internet, e fora dela.

É urgência máxima do país, e não é de hoje. Que se multipliquem os Diálogos sobre Educação.