Com informações de O Estado de São Paulo.
Foi anunciado pelo governador Joao Dória (PSDB) nesta quinta-feira, 10, o início da produção nacional da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo o governador, 11 estados firmaram acordo para a compra do imunizante e o instituto começou a produzi-lo na noite da quarta-feira, 9.
Os Estados que firmaram compra da Coronavac são Acre,Pará, Maranhão, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul. Ao todo, 276 municípios, entre eles Porto Velho, também já formalizaram o interesse na aquisição do imunizante.
Segundo o presidente do Butantã, médico Dimas Covas, outros 912 municípios também já manifestaram a intenção, que “deve ser formalizada nos próximos dias”. A vacina será feita 24 horas por dia e 7 dias por semana, e segundo o governador foram contratados 120 técnicos para ajudar na produção da vacina, aumentando sua capacidade de produção diária para 1 milhão de doses.
Os resultados de eficácia ainda não foram apresentados à Anvisa, e o governo manteve a previsão de que eles sejam concluídos até o próximo dia 15.
“Não tem sentido qualquer outra alternativa”, afirmou Dimas Covas. Segundo ele, basta o ministro da Saúde ligar e ele prontamente colocará as vacinas à disposição do Ministério da Saúde”.
“Por que iniciar a vacinação em Março, como foi anunciado pelo ministério, se podemos iniciar em janeiro, de forma segura e eficiente?”, complementou Dória, fazendo referência ao calendário de imunização apresentado na semana anterior.
O governador afirmou que ainda não recebeu nenhuma comunicação formal da pasta sobre um eventual interesse do governo federal em comprar doses da vacina do Butantã, embora o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tenha dito que ela pode ser incorporada caso haja o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Desejamos uma manifestação clara, escrita, que a Coronavac fará parte do Programa Nacional de Imunização”, afirmou Doria.