Brasil deve colher 265,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021

De acordo com a Conab, há previsão de crescimento de 1,6% da área cultivada, totalizando 67 milhões de hectares. Foto: Agência Brasil.

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Perspectiva de recorde é mantida apesar de estimativa ter reduzido em razão da falta de chuvas no Sul do país

Brasil deverá colher 265,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, sendo 9 milhões de toneladas (3,5%) a mais na comparação com a temporada de 2019/2020. A projeção integra o 3º Levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (10).

Apesar de o montante ser 3,1 milhões de toneladas menor em relação a novembro, decorrente da falta de chuvas na Região Sul, a perspectiva continua sendo de novo recorde.

De acordo com a Conab, há previsão de crescimento de 1,6% da área cultivada, totalizando 67 milhões de hectares.

A soja e milho correspondem a 89% da produção de grãos. Para a soja, é estimado crescimento de 3,3% na área e a produção pode chegar a 134,5 milhões de toneladas, colocando o país como o maior produtor mundial da oleaginosa.

Para a safra total de milho primeira, segunda e terceira safras, a produção estimada totaliza 102,6 milhões de toneladas. Segundo a Conab, mesmo com o aumento de preços no mercado externo, demanda do setor de proteína animal e a redução esperada dos estoques de passagem, não há risco de desabastecimento de milho no país. Além disso, já se observa aumento da oferta com necessidade de abertura de espaço para armazenagem da safra que será colhida no início de 2021.

A produção total de feijão no país, somando-se as três safras, continua estimada em 3,1 milhões de toneladas. Dessa produção, 1,9 milhão de toneladas é de feijão-comum cores, 516,8 mil toneladas de feijão-comum preto e 686,7 mil toneladas de feijão-caupi ou macaçar.

Quanto ao arroz, o crescimento é de 3,2% na área e a produção está estimada em 10,9 milhões de toneladas, sendo que 10 milhões de toneladas sairão de áreas irrigadas e 900 mil toneladas, de áreas de sequeiro. O preço do produto está estável e a colheita deve ter início em janeiro de 2021.

Para o algodão, a Conab estima redução de 8,1% na área a ser cultivada e a produção de pluma é prevista em 2,7 milhões de toneladas.

https://youtu.be/VNY78wIpTxA