“Temos de dizer que estamos à beira do colapso,” diz Máximo.

Colhemos os frutos das festas de Natal e reveillon, e talvez do réveillon vamos colher ainda mais em alguns dias, disse.
Secretário Fernando Máximo, da Saúde, alerta sobre a situação em RO. Foto: Reprodução.

Seguindo Fernando Máximo, existem hoje 439 pacientes internados em Rondônia, e no momento é necessário prevenção para não colapsar o sistema no estado.

O secretário da Saúde de Rondônia, médico Fernando Máximo, disse nesta sexta-feira, 15, em coletiva de imprensa e por transmissão em rede social  que um novo decreto sai ainda hoje com restrições de circulação para enfrentar a pandemia do coronavírus. Ele descartou o lockdown, “mas haverá restrição bastante severa.”

“Infelizmente, temos de dizer que estamos à beira do colapso,” disse aos jornalistas o secretário.

“O que tínhamos de fazer em termos de leito fizemos. Os leitos foram comprados, a rede está cheia, tanto na capital quanto no interior. Não tem mais como expandir, criar leitos e contratar profissional”, disse o secretário da Saúde, fazendo um novo apelo para profissionais médicos se apresentarem ao Estado e colaborar no atendimento a população.

Antes de responder às perguntas, o secretário apresentou os números das ultimas 24 horas: 1380 novos casos e 17 mortos em Rondônia, com a média de lotação de 90% nas UTIs.  Por estabelecimento hospitalar, ele disse que os leitos de UTI do hospital de campanha estão 96% lotados; 100% do Hospital de Base; 95% do Samar; hospital da zona leste 85%;  em Cacoal, no hospital regional 85% dos leitos UTIs estão ocupados; e o Hospital Candido Rondon, em Ji Paraná, está com 85% dos leitos de UTI lotados.

“Precisamos realmente neste momento que cada um vista a camisa, coloque a máscara e evite aglomeração. Tem pacientes em alguns lugares aguardando vaga, não queremos que aconteça aqui o que aconteceu em Manaus, todos estão acompanhando o que acontece lá, está drástico, tenso,” disse Fernando Máximo.

Seguindo Máximo, existem hoje 439 pacientes internados em Rondônia, e no momento é necessário prevenção para não colapsar o sistema no estado.

“A mídia tem feito seu trabalho, de conscientização, mas infelizmente as pessoas não querem respeitar o próximo;  infelizmente terá que haver mais restrição para que se possa garantir que não faltem leitos. Estamos colhendo os frutos das festas de Natal e reveillon, e talvez do réveillon vamos colher ainda mais em alguns dias”, disse.

Fernando Máximo disse também que no dia de hoje o governo decidiu aumentar a parcela de recursos em mais 1 milhão de reais  para os menores municípios, totalizando quase 15 milhões e meio de reais, “considerando que existem prefeitos novos, secretários novos tomando posse na saúde, precisam desse apoio.”

Um novo decreto, mais restritivo, foi decidido após reunião comandada pela Casa Civil  com equipe da saúde e de outros órgãos do Estado e representantes empresariais.