Depois da pressão do governo de São Paulo, que em coletiva na tarde desta sexta-feira (29) anunciou que se até o dia 5 de fevereiro o governo Bolsonaro não comprasse 54 milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pelo Butantan, começaria a vender para Estados e municípios interessados, o Ministério da Saúde publicou em seu portal que irá adquirir as vacinas para distribuição por meio do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Com o anúncio, acaba a incerteza, que preocupava gestores de todo o país, sobre a continuidade do plano de imunização contra a Covid-19. Até agora, a pasta chefiada pelo ministro Eduardo Pazuello tinha adquirido 46 milhões de doses do imunizante, responsáveis por darem início à vacinação no país, para grupos minoritários – profissionais de saúde, idosos morando em asilos e populações indígenas.
O acordo do governo federal com o Butantan previa a opção de aquisição de um total de 100 milhões de doses, mas o Ministério ainda não tinha confirmado a compra.
“O Ministério da Saúde irá firmar o contrato de compra das doses junto à Fundação [Butantan] na semana que vem. Além disso, a pasta está solicitando a antecipação do registro da vacina junto à Anvisa, para ampliar a vacinação para toda a população brasileira”, diz a nota do Ministério.