Por falta de recursos e de pessoal, a atuação de militares no combate a crimes ambientais na Amazônia será focado apenas em Porto Velho (RO) e mais 10 municipios da região, segundo disse nesta quarta-feira, 10, o vice-presidente Hamilton Mourão. É o fim da Operação Verde Brasil 2, que acaba em 30 de abril.
Os 11 municípios são os que têm as mais altas taxas de desmatamento da Amazônia. O vice-presidente não mencionou quais são eles, mas pelos dad0s do Prodes, sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Ministério da Ciência e Tecnologia, os municípios são: Altamira (PA), São Felix do Xingu (PA), Porto Velho (RO), Lábrea (AM), Novo Progresso (PA), Itaituba (PA), Apuí (AM), Colniza (MT), Pacajá (PA) e Portel (PA).
Segundo a imprensa nacional, o fim da Operação Verde Brasil 2 antes do tempo previsto, se dá pela falta de verbas por parte do Ministério da Defesa, responsável pelo projeto. Em setembro, conforme previam as metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Mourão, o objetivo era manter os militares até o fim de 2022.
A ida das tropas foi uma tentativa da gestão Jair Bolsonaro de responder às críticas, no Brasil e no exterior, de descontrole sobre a devastação na floresta.
O vice-presidente disse na 4ª reunião do Conselho, que no lugar da Verde Brasil 2 o órgão passa a trabalhar sobre o “Plano Amazônia 21/22”, que terá a “colaboração das agências de fiscalização dos ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Agricultura e Gabinete de Segurança Institucional (GSI)”.
Na prática, os militares sairão de cena aos poucos, para que o trabalho na floresta prossiga nas mãos dos agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal e Rodoviária.