A União dos Policiais do Brasil (UPB) faria muito bem em protestar contra a falta de inclusão na reforma administrativa da revogação de benefícios para a casta de servidores públicos que, encastelados no Legislativo, Ministério Público e Justiça, mantem duas férias ao ano, auxilio creche, auxilio paletó, auxilio moradia e por aí vai. Mordomias inaceitáveis numa República decente e justa, o que não é mesmo o nosso caso.
No entanto, o que fazem? Ameaçam parar, ameaçam grave, porque não aceitam gatilho na PEC Emergencial que impede reajustes e progressões salariais no momento que desejarem, independente de ter pandemia, calamidade ou que as receitas do Estado não mais suportem reajustes.
“A gente está falando em paralisação porque estamos na discussão se podemos ou não podemos fazer greve, mas não descartamos nem greve. O essencial sempre vai funcionar, estamos vendo como fazer o processo para que seja entendido pelo governo federal. Estamos extremamente insatisfeitos”, disse Edvandir Paiva, presidente da ADPF (Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal) em entrevista à Folha de São Paulo nesta quarta-feira, 10.
Farinha pouca, meu pirão primeiro. Não estão nem aí, da mesma forma que a casta privilegiada do serviço público, vamos lembrar aqui também dos juízes, que ganham de prêmio como se fosse punição a aposentadoria compulsória para algum malfeito cometido.
Deveriam usar sua força, inclusive junto ao presidente que agora eles dizem te-los traído, para pressionar por mudança na reforma administrativa que está no Congresso Nacional. Se aprovada do jeito que foi para o Congresso é mais um fardo para trabalhadores do serviço público que não estão no topo da República infestada de cupins do suor e sangue do povo brasileiro.