É o que diz o jornal O Estado de São Paulo, em edição deste sábado, 17, com base em levantamento da agenda do ministro da Casa Civil, ex-governador da Bahia, e que a julgar pelo que se divulga na imprensa nacional, especialmente desde a votação da derrubada dos decretos do marco legal do saneamento, seria o maior responsável pela crise na frágil base política do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Rui Costa teria de ter uma sintonia fina com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para cumprimento de acordos feitos com parlamentares, sendo responsável pela providência de nomeações, entre outras coisas, mas não é o que tem acontecido, o que gerou cobranças do Presidente.

O Estadão com base no E-Agendas, um sistema da Controladoria Geral da República, de 1º de janeiro a 7 de junho, aponta que o ministro registrou 450 compromissos, dos quais 396 em Brasilia, 28 na Bahia e apenas 26 em outros Estados. Para cumprir os compromissos em seu Estado para la viajou 13 vezes, apenas 3 com o presidente Lula.

E para evidenciar que a Bahia não sai da cabeça dele, o que é um indicativo entre outros da pouca disposição para ter entendimento com os políticos a fim de tratar das agendas no Congresso que geraram impasses e quase viraram pó, como a MP que estruturou ministérios, Rui Costa recebeu 55 prefeitos da Bahia e apenas 1 de outro Estado.

As reuniões com governadores e vice-governadores somam 10 para a Bahia e apenas 15 para todos os demais Estados, e as reuniões com deputados estaduais, federais e senadores da Bahia somam 16, e com os representantes dos demais Estados do país somam 35, totalizando 51 encontros. O jornal diz também que “dez entre dez governistas” apontam Costa como o responsável pelas queixas e crise política do governo.

Leia mais aqui, reportagem de Weslley Galzo, de O Estadão