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A pergunta que não quer calar

Governo Bolsonaro mantem na mão do relator do orçamento R$ 19 bi do total de R$ 30 bilhões.
Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Foto: Beto Barata.

Será que os eleitores de Jair Messias Bolsonaro estão satisfeitos com a negociação feita que ainda manteve nas mãos do relator do Orçamento R$ 19 bilhões do total de R$ 30 bilhões que haviam aprovado na votação do PLN 51 em 2019? Vai ser uma farra em ano eleitoral!

Negociação feita sem lutar dentro do Congresso para que fosse mantido o veto do presidente ao orçamento impositivo?

Ia quase me esquecendo: o governo não tem como lutar dentro do Congresso, mesmo com partidos (Podemos, Rede, Cidadania e PSL) declarando ser um absurdo e uma cafajestada emparedar o presidente ( o que é verdadeiro), tirando-lhe a prerrogativa de usar recursos conforme planejamento das políticas.

O governo não presta atenção ao que eles dizem e defendem, c… e anda para o rito democrático e para o esforço de construir uma base parlamentar com lideranças partidárias competentes e ministros aguerridos, que nas votações cruciais não desgrudam do parlamento.

Só isso explica o presidente Jair Bolsonaro sair do PSL e deixar o partido à deriva, legenda com a maior bancada na Câmara dos Deputados.  Aliás, seu filho Eduardo Bolsonaro votou na barbaridade do orçamento impositivo para o relator, e esteve completamente ausente da votação o ano passado. Era líder.

Está aí o resultado. O governo sucumbiu à pressão facilmente diante da reação negativa do ato militante de Bolsonaro de distribuir vídeo messiânico convocando eleitores para se manifestarem contra o Congresso.

O governo vai vivendo maremoto de contradições, tensões e conflitos, e assim será por todo o tempo  na relação com o Congresso Nacional. Não me parece a melhor receita para dar agilidade às tantas reformas que precisa aprovar e melhorar o desempenho da economia.