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Amazônia +21: CNI anuncia criação de grupo para propor políticas

Até o dia 6, mais de cem painelistas participam do fórum, que pode ser acompanhado pelo canal da CNI no youtube.
Robson Braga defendeu modelo consistente para explorar a floresta. Foto: Reprodução/Fiero.

Assessoria Fiero e Blog

Facilitar o acesso das empresas a financiamentos e criar um ambiente mais propício para investimentos privados, com regras estáveis e sintonizadas com a agenda de sustentabilidade é uma das ações oriundas do Fórum Mundial Amazônia+21. O evento foi aberto oficialmente às 10h de quarta-feira (4), em cerimônia híbrida virtual e presencial, contando com a participação de autoridades.

A criação de um grupo para propor políticas e modelos de negócios inovadores visando o crescimento da região foi anunciada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Para ele, é fundamental construir um modelo consistente de desenvolvimento para explorar a floresta de forma inteligente, preservando os recursos naturais.

“Trata-se de um desafio complexo, que precisa ser enfrentado com urgência. Se fizermos as escolhas certas agora, inúmeras possibilidades se abrirão”, afirmou.

Ele participou da abertura ao lado do presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) e da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, e do secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente Joaquim Álvaro Pereira Leite, que representou o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Marcelo Thomé ressaltou a importância do fórum, que vai contar com mais de 100 painelistas do Brasil e exterior nos três dias de evento. “Este evento nasceu da perspectiva de que juntos podemos encontrar caminhos diferentes e sustentáveis para transformar positivamente o território amazônico. E este é um dos nossos principais objetivos nessa jornada”, disse.

Para Joaquim Leite, que também participou do primeiro painel do evento, “A agenda do Meio Ambiente e o desenvolvimento da Amazônia”, é importante entender a dimensão da região que conta com 23 milhões de habitantes e um território do tamanho da Europa Ocidental. Segundo ele, se não houver ações de geração de renda e emprego para essa população, a pressão por atividades ilegais só vai aumentar. A agenda de preservação e desenvolvimento do governo prevê cinco pontos.

Agenda do MMA

O primeiro ponto é a regularização fundiária. O segundo ponto é o zoneamento econômico e ecológico que permite a escolha das áreas que podem ser exploradas. O terceiro é o pagamento por serviços ambientais, como o programa Floresta+. O quarto ponto é a Bioeconomia, e o último e quinto ponto da agenda federal envolve a fiscalização e o controle das áreas.

Umas das soluções é pagar para quem cuida e conserva, afirma Pereira. “Temos condições de levar desenvolvimento à região tão valorizada mundialmente. Efetivamente o dinheiro pela atividade de conservação, essa atividade tem de ser remunerada e por isso trazemos propostas do Floresta +, para melhorar as condições da região, gerando empregos”.

 Planos 

Traçar planos com ações para o desenvolvimento da Amazônia também faz parte da agenda do Fórum Mundial Amazônia+21. Louise Caroline Campos Low – titular da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) _  fez a abertura do terceiro painel de discussões do Fórum Mundial, que contou ainda com a participação dos Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Louise Caroline Campos apresentou as linhas de crédito através do FNO e FDA destinadas a projetos para cada estado do Norte. Traz consultas por estado e eixos temáticos. “São 249 projetos planejados dentro do Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), que estão dentro de uma carteira direcionada não só ao poder público e sociedade civil, mas para investidores”, ponderou Louise Caroline. Narda Souza, também da Sudam, falou mais sobre o programa, afirmando que os interessados podem consultar o portal da instituição para conhecer mais sobre essa proposta.

O secretário do Ministério do Desenvolvimento Regional Tiago Queiroz, apresentou de forma sucinta o que órgão tem desenvolvido para a região Amazônica. “São projetos vinculados a produtos locais como fármacos, o açaí para promoção de geração de emprego e renda às comunidades amazônidas”. Também falou do protejo Rotas de Integração Nacional, que atuam em diversos produtos como fármacos e produtos gastronômicos.

O superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Suframa Manoel Fernandes Amaral Filho afirmou que a instituição atua para fazer acontecer. “A Suframa operacionaliza várias vertentes e atua com vetores como a bioeconomia e mobiliza atores externos para contribuir com o incremento da região”, comentou.

A programação e a exposição dos painelistas poderão ser acessadas por meio da pagina Amazônia +21 no Facebok,   

Todas as palestras ficam gravadas no canal da CNI no Youtube.

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