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Bolsonaro, o boçal vendedor de armas e confusão

Bolsonaro acredita que liberdade é implodir o Judiciário e o Legislativo, que só servem se estiverem a seu serviço.
Presidente Jair Bolsonaro. Foto: Fábio Pozzebom/ABr.

No meio do mandato tem um pedregulho, uma pedra, uma pedreira e uma epidemia, porém Bolsonaro receita para a população de bem que compre armas, é a garantia de liberdade, e pela importância que dá ao cheiro de pólvora e violência – e não é de agora – é o que salva o Brasil “porque vendemos mais armas do que em 2019”, prometendo a apoiadores continuar a pauta armamentista com novas medidas no Congresso Nacional.

É cada boçalidade! Esta é mais uma para a coleção, mas a personalidade do presidente boçal, contaminada pela perversidade, à qual exibiu em mais de uma ocasião até agora, não gera desassossego e perplexidade entre seguidores que submissamente esmolam uma migalha de atenção do chefe do país alheio à realidade árdua, que voltou à falar mentiras e baboseiras na saída do Palácio do Planalto.

Uma mentira, junto com a apologia das armas: a de que os partidos de esquerda travam a pauta do Congresso Nacional até esta metade do mandato. Infelizmente, não há oposição ao presidente boçal, meus caros leitores: da sabotagem a seu governo se encarrega ele mesmo, diariamente, e a principal estratégia de sabotagem tem sido,potencializada pela crise sanitária, negar-se a governar para todos e não apenas para seguidores hipnotizados por sua liderança vulcânica, agressiva, incapaz de conectar neurônios e expressar ideias e projetos para o país.

A arma que o Brasil precisa para vencer o persistente Custo Brasil é a reforma tributária. Para o país retomar o crescimento. Gerar mais emprego e renda.  O manicômio tributário afugenta investidores e o empresariado nacional está no limite do insuportável, há muita gente buscando caminhos fora do país.

Alguém por acaso viu Bolsonaro falar sobre isso? O boçal presidente é incapaz de esboçar um conjunto de frases que reverberem a defesa dessa reforma, uma compilação que seja de uma proposta possível para o país, é incapaz de liderar um movimento para que uma nova ordem tributária prevaleça. E o ministro da Economia, Paulo Ipiranga Guedes, mergulhou no ostracismo e na inoperância, deixando correr o ano eleitoral sem aproveitar a oportunidade para aglutinar forças, convocando os milhares de vereadores e prefeitos candidatos e eleitos a abraçarem uma proposta, mínima que seja.

Bolsonaro se esquece que é representante de todos os brasileiros. Acha que domina tudo e não precisa se esforçar para convencer os que não estão na sua bolha. Governar é construir pontes, jamais destruí-las, e no meio do mandato é incrível ainda como muita gente nele enxerga apenas espontaneidade e verdade onde se evidenciam de forma irrefutável traços de uma personalidade persecutória, prazerosa com o sofrimento alheio, autoritária e explosiva.

Vendedor de armas e confusão, Bolsonaro acredita que liberdade é implodir o Judiciário e o Legislativo, que para ele de nada servem se não estiverem a seu serviço. Cuidem para que sua sanidade mental seja conferida. Daqui a 2 anos, podem se arrepender.