Em quatro meses, o Brasil teve 17.182 casos de incêndios, o pior resultado em um quadrimestre desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a contabilizar os casos.
Entre 1º de janeiro a 30 de abril deste ano, o número, divulgado dia 1º de maio pelo Inpe, significa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023, quando houve 9.473 focos de incêndio. Em 2002 foram 8.096.
Lidera esse cenário o bioma Amazônia, respondendo por mais da metade das queimadas (52,2%) no quadrimestre, com 8.977 registros.
O Cerrado, segundo em extensão, teve 4.575 (26,6%). Foram detectados 1.768 (10,3%) casos na Mata Atlântica e 653 (3,8%) no Pantanal, os dois ecossistemas mais ameaçados do país.
Segundo o Inpe, no ranking sul americano o Brasil está atrás apenas da Venezuela, que registra 36.667 focos.
A unidade da federação que registra o maior número de casos é Roraima, com 4.609 focos, alta de 281% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 1.209. Em março, o Estado havia decretado emergência em 14 dos 15 municípios em razão da seca.
O Mato Grosso passou de 1.975 para 4.131, alta de 109%. Em terceiro lugar, o Pará subiu de 576 para 1.058, aumento de 83%, seguido pela Bahia, que passou de 864 para 995 (15%) e Mato Grosso do Sul, que foi de 356 para 961 (169%).