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Brasileiro recebe prêmio por liderar rede de banco de leite humano

A escolha foi definida por unanimidade, e João Aprígio dividirá o prêmio de 2020 com um consórcio de pesquisadores da Tanzânia. Foto: Fabio Pozzebom/ABr.

Pesquisador da Fiocruz, João Aprígio Guerra tem o trabalho reconhecido mundialmente em uma premiação a se concedida em maio pela OMS.   

Vinicius Lisboa, Agência Brasil

O trabalho do pesquisador e servidor público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) João Aprígio Guerra de Almeida à frente da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano será reconhecido em uma premiação que vai ser concedida em maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública será entregue na Assembleia Mundial de Saúde, que ocorrerá em Genebra, na Suíça.

A escolha foi definida por unanimidade, e João Aprígio dividirá o prêmio de 2020 com um consórcio de pesquisadores da Tanzânia para a troca de informações sobre anemia e outras doenças ligadas às células falciformes. Ao propor a premiação ao Conselho Executivo da OMS, o painel de especialistas responsáveis pelo prêmio afirmou que o brasileiro atua na mobilização da rede desde 1981 e “é considerado a força motriz por trás da maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo”.

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Foto Rovena Rosa

Apoio à amamentação

Com um modelo baseado em pesquisas para baratear custos e oferecer apoio à amamentação, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano se tornou um modelo que já foi exportado para países do Mercosul, da África, da Europa, da comunidade de países de Língua Portuguesa e para membros do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Essa troca de experiências levou o Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, a encabeçar a Rede Global de Bancos de Leite Humano. Avisado da premiação nesta semana, o pesquisador dividiu o mérito pelo prêmio.

“Represento uma legião, um contingente de trabalhadores do SUS [Sistema Único de Saúde] que são artífices dessa grande obra coletiva”, disse Almeida, que participou do salto da rede brasileira, de cinco bancos de leite em 1985 para 225 atualmente.

Segundo o Ministério da Saúde, 160 mil litros de leite humano são distribuídos todos os anos a recém-nascidos de baixo peso no país. “Essa rede não existia. Só foi possível graças aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. Graças àquilo que a ciência brasileira permitiu”, destacou o servidor público da Fiocruz.

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