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Caso Henry: Mãe mentiu em longo depoimento;  menino era agredido desde fevereiro

“Mais provas estão sendo produzidas, a investigação não terminou”, disse Henrique Damasceno.
Delegado Henrique Damasceno, titular da 16º DP no Rio.

Blog da Mara

Mãe protegeu dr. Jairinho, já considerado assassino do menino, e investigação continua para saber se ela participou das agressões. 

O menino Henry Borel, de 4 anos, morto com diversas lesões no corpo no dia 8 de março, era agredido pelo padastro, o vereador Dr Jairinho (SD) desde o dia 12 de fevereiro conforme declaração do delegado da 16ª Delegacia Policial (Barra da Tijuca), Henrique Damasceno.

Em coletiva à imprensa nesta manhã, 8 de abril, ele disse que prints de conversas no whatsapp entre a babá do garoto e  a mãe, Monique Medeiros no inicio de fevereiro foram fundamentais para o caso. “A babá relata conversa que teve com o menino. Em que ele falou de chutes dados pelo padrasto e banda (dar rasteiras, derrubar ao chão). E que isso aconteceria sempre no quarto onde o menino foi achado pelo casal”, disse o delegado. Em uma ocasião, ele não queria no banho lavar a cabeça porque ela doía.

“A mãe nada comunicou a polícia, não afastou o menino da convivência do agressor. A mãe tem obrigação legal de fazer isso. Ela e o vereador deram depoimentos necessariamente longos, ela estava em sede policial e fez declaração mentirosa protegendo o agresssor. Concordou e aceitou o que foi feito com a criança”, disse o delegado.

O casal foi preso de manhã, na casa de uma tia do vereador dr. Jairinho, no Rio de Janeiro. Eles estavam sendo monitorados pela Polícia Civil, e durante esse tempo mudaram de local constantemente. Segundo a delegada assistente Ana Carolina Medeiros, eles tentaram se livrar de celulares atirando pela janela, no momento da prisão.

Segundo a Policia Civil, eles foram presos por atrapalhar investigações e por coagir testemunhas para combinar versão, e segundo o delegado Henrique Damasceno é preciso seguir as investigações para saber inclusive se a mãe teve participação direta nas agressões que levaram à morte do menino.

“Mais provas estão sendo produzidas, a investigação não terminou”, disse Henrique Damasceno.

O casal está sendo investigado por homicídio duplamente qualificado.