CNI projeta 326 mil novos empregos com exploração de petróleo na Margem Equatorial

PIB do Amapá, um dos Estados que fazem parte da Margem Equatorial, seria ampliado em 62%.
Mapa Margem Equatorial, zona de potencial petrolífero. Fonte: Petrobras.

Agência de Notícias da Indústria e Blog

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) a respeito dos impactos econômicos e sociais da produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira divulgado na sexta-feira, 22, mostra que essa exploração tem potencial para se criar 326.049 empregos formais.

A CNI aponta  ainda que a extração pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta.

Os impactos econômicos e sociais do estudo foram detalhados para cada um dos Estados que compreendem a bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, que são Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.

Os cálculos tiveram como base o sistema de contas regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, para isolar eventuais distorções por causa da pandemia.

Cada estado, na simulação feita, será responsável pela produção de  máquinas e equipamentos necessários para a produção de petróleo, e a quantidade de mão de obra levará em conta o volume de produção de cada estado. Além disso, assumiu-se que todo petróleo obtido será exportado.

A Agência de Informações da Indústria divulgou os números de emprego e ampliação do PIB para cada Estado, que estão entre os mais pobres e carentes das regiões Norte e Nordeste.

No Pará, o PIB seria elevado a 6,2% (R$ 10,7 bi anual) e 51.706 empregos; Amapá, 62,2% (R$ 10, 7 bi) e 53.916 empregos; Maranhão, 12,2 % a mais no PIB (R$ 10,9 bi) e 56.626 empregos; Ceará, 7,2% de crescimento no PIB (R$ 10,9 bi) e 56.669 empregos; e o Rio Grande do Norte ampliaria o PIB em 15,9% (R$ 10,8 bi) e 54.304 empregos.

A Petrobras incluiu no seu planejamento estratégico para até 2027 a exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Desde julho de 2023 a empresa aguarda do Ibama uma resposta ao novo pedido que fez para obter uma licença para fazer um teste de perfuração na foz do Amapá, a mais de cem quilômetros da costa.  A area ambiental é claramente contra o projeto de exploração do petroleo na região.

Estudo pode ser lido abaixo

Estudo CNI Margem Equatorial