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Colômbia confirma adesão ao fundo para proteção de florestas proposto pelo Brasil

Fundo para proteção de florestas tropicais pode alcançar 70 países; ideia, ainda em gestão, será lançada na COP 30.
Ministra Marina Silva, presidente Luiz Inácio e Gutavo Preto, presidente da Colômbia. Foto: Ricardo Stuckert.

A Colômbia confirmou na quarta-feira, 17, a adesão ao fundo para proteção de florestas tropicais proposto pelo Brasil na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no fim de 2023.

A decisão é parte da declaração conjunta assinada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro durante reunião em Bogotá.

O presidente Luiz Inácio Lula agradece, no documento, ao presidente Gustavo Petro “por ter aceitado o convite feito à Colômbia para integrar o comitê executivo” do fundo, que pode beneficiar cerca de 70 países florestais.

Coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a iniciativa espera contar com a adesão de Malásia, Gana, República Democrática do Congo e Indonésia, já convidados a aderir ao fundo.

Segundo o MMA, os recursos do fundo serão destinados a ativos verdes e direcionado aos países que conservam suas florestas tropicais.

Um valor fixo anual pago para cada hectare de floresta de pé constituirá patrimônio do fundo, havendo desconto significativo no valor a receber para cada hectare desmatado ou degradado.

A ideia do fundo é valorizar serviços ecossistêmicos de florestas tropicais, “fundamentais para a regulação climática do planeta e a manutenção da biodiversidade, recursos hídricos e conhecimentos tradicionais,” diz o MMA. Ainda em desenvolvimento, a iniciativa deve ser lançada na COP30, cúpula do clima da ONU que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

Petróleo

No ano passado, em agosto, por ocasião da Cúpula da Amazonia,em Belém, Gustavo Petro criticou o presidente Luiz Inácio pelo fato do brasileiro nao ter apoiado no documento final do evento a proibição de explorar petroleo na margem equatorial, que envolve seis estados do Brasil.

Ele classificou como  “negacionismo” medidas adotadas no sentido oposto à produção de energias sustentáveis, o que o Brasil já faz muito bem com as hidreletricas, interligadas quase 100% pelo SIN, e ampliação de investimentos em energia eólica.

Na abertura da Cúpula da Amazônia, Petro destacou que “as forças progressistas deveriam estar sintonizadas com a ciência”.

Com informações do MMA e Folha.