Com o voto de Carmem Lúcia, STF condena pichadora de estátua a 14 anos de prisão

A cabeleireira responde pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Sua conduta no 8 de janeiro não foi individualizada.
Entre 5 ministros, Carmem Lúcia foi o 3º voto a favor da prisão por 14 anos. Foto: Jeso Carneiro.

A cabeleireira Débora Rodrigues, que pichou a estátua da Justiça com a frase “Perdeu, mané,” dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, em novembro de 2022, após as eleições, foi condenada nesta sexta-feira, 25, a 14 anos de prisão pela Primeira Turma da Corte.

Votaram pela pena de 14 anos os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Carmem Lúcia. A ministra votou nesta sexta, e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, também. Seu voto foi por uma condenação de 11 anos. O ministro Luiz Fux aplicou pena de 1 ano e seis meses de prisão.

Débora responde pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Sua conduta nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, entretanto, não foi individualizada. As provas existentes remetem apenas à pichação com batom da estátua que fica em frente ao STF.

Atualmente em prisão domiciliar, Débora, por meio de sua defesa, poderá recorrer após a publicação da decisão.