O sistema que dispõe o resultado de cada votação na Câmara dos Deputados mostra que sete dos oito deputados de Rondônia votaram nesta sexta-feira, 16, pela manhã, no projeto de resolução (PRN 3/2022) que fez alterações nas emendas de relator (RP9), o chamado orçamento secreto.
Apenas o deputado Mauro Nazif (PSB) votou não. Os portais dos jornais O Globo e Uol mostram voto sim também para o deputado, mas opto por divulgar a fonte original da informação. Os deputados Leo Moraes (Podemos); Mariana Carvalho (PSDB); Coronel Chrisostomo (PL); Expedito Neto (PSD), Silvia Cristina (PDT) e Lúcio Mosquini (MDB) votaram a favor da manutençao desta modalidade orçamentária, caracterizada por atender interesses paroquiais e eleitorais.
No Senado não consta o voto do senador Marcos Rogério (PL), nem aparece nas abstenções. Votaram a favor os senadores Confúcio Moura (MDB) e Acir Gurgacz (PDT).
Pela resolução votada, com apoio expressivo do PT, que na Camara dos Deputados teve o voto contra de apenas tres deputados – Maria do Rosário e Henrique Fontana, do RS, e Vander Loubet, de MS -, a divisão dos mais de R$ 19 bilhões previstos, quase o valor que o país terá para investimentos em obras, ficou da seguinte forma:
– 5% para o relator-geral e o presidente da CMO;
– 7,5% para a Comissão Diretora do Senado, indicados pelo respectivo presidente;
– 7,5% para a Comissão Diretora da Câmara, indicados pelo respectivo presidente;
– 23,33% para senadores, de acordo com o tamanho das bancadas, indicados pelos líderes partidários;
– e 56,66% para deputados, de acordo com o tamanho das bancadas, indicados pelos líderes partidários.
Analistas consultados pela imprensa e parlamentares que votaram contra asseguram que a falta de transparência na distribuição dos recursos continua.