O senador Confúcio Moura é o único dos senadores de Rondônia a ter posição aberta sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador dos Estados Unidos, ungido pelo pai, o presidente da República. O Senado Federal ainda vai votar a indicação, conforme determina a Constituição.
Leitores do jornal “O Estado de São Paulo” puderam conhecer nesta segunda-feira, 19, a posição de senadores que se submeteram a uma enquete do jornal. Confúcio Moura é contra a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira nos EUA, enquanto os senadores Marcos Rogério (DEM) e Acir Gurgacz (PDT) não quiseram revelar o que pensam. 29 senadores são contra, 15 a favor e outros 37 estão indecisos ou não querem revelar seu voto.
Consultores do Senador Federal, baseados na sumula vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF) entendem que a indicação é sim nepotismo porque o cargo é em comissão, para um familiar, o que é vedado pela sumula.
Há quem tenha comparado o momento atual com a Idade Média para defender o escancarado nepotismo presidencial.
O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, disse que a relação de um embaixador é uma relação de muita confiança e apreço, como acontecia na Idade Média. “Geralmente o rei entregava seus filhos, suas filhas” para outras cortes, com quem tinha muita proximidade.
E tem a maratona constrangedora pela aprovação ao nome do deputado eleito por São Paulo mas que mora no Rio de Janeiro com a oferta da liberação de emendas no Senado. A semana promete, o troca lá dá cá está acontecendo, muito embora a turma bolsonariana jure de pés juntos, mergulhados no rio Jordão, onde Jair Bolsonaro foi batizado em 2016, que isso é coisa da “velha política.”
Parabéns ao senador Confúcio.
Pobre Brasil.