CPI do Crime Organizado tem 27 assinaturas no Senado

Proposta pelo senador Alessandro Vieira, a CPI quer apurar a real influencia do crime organizado no Brasil e a escalada da violência.
Vieira cita o grande número de homicídios como sintoma da elevada presença do crime organizado. Foto: Edilson Rodrigues.

Conta com 27 assinaturas, número suficiente para instalação, o requerimento do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) para a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com intuito de investigar a atuação de facções criminosas e milícias no Brasil. O requerimento foi apresentado na quinta-feira, 6.

O objetivo da CPI é apurar o aumento da influência do crime organizado, presente com facções instaladas em todos os Estados do Brasil.

Alessandro Vieira considera que o crime organizado tem estrutura de “um grande negócio ilícito”, e seus efeitos na segurança pública e na economia do país. A ideia da comissão é investigar o financiamento das organizações criminosas e propor medidas para aprimorar o combate a essas ilegalidades.

“As facções criminosas e as milícias expandiram sua atuação sem que houvesse uma resposta coordenada e eficiente do Estado. Não podemos continuar assistindo à escalada da violência e ao fortalecimento do crime sem reagir,” disse o senador a Agência Senado.

Os elevados índices de homicídios do país e o crescente domínio territorial do crime organizado sobre comunidades são citados pelo parlamentar como indicadores preocupantes da escalada do crime.

Para ele, a CPI será essencial para expor o funcionamento das redes criminosas e discutir meios de cortar o fluxo financeiro dessas organizações.

O requerimento para instalar a CPI precisa ser lido no Plenário pelo presidente, após a conferência das assinaturas. É aberto então prazo para que os líderes partidários indiquem os membros que vão compor o colegiado.