O crime é uma grande preocupação para 91,4% dos brasileiros entrevistados pela pesquisa AtlasIntel, tema que faz parte da abordagem Impacto da criminalidade no Brasil, uma das nove que foram objeto de levantamento mediante consulta feita a pouco mais de 5 mil entrevistados, em parceria com a Bloomberg.
Apenas 8,6% disseram que o crime não é uma grande preocupação em suas vidas.
A preocupação com o crime é um pouco maior para as mulheres (92,7%) do que para os homens (90,2%). Os que estão na faixa etária acima de 60 anos tem a maior preocupação, 96,9%; de 16-24 anos (86,4%); 25-34 (88,1%); 35-44 (89,44%) e 45-59 (93,8%).
Ultrapassam 90% o percentual de moradores das regiões Sudeste, Sul e Norte com grande preocupação com o crime, e no recorte de renda familiar ela é acentuada para 94,9% que ganham até R$ 2 mil, e para 95,5% que ganham de R$ 3 a R$ 5 mil. Nos demais tetos de renda ela é superior a 80%.
A maioria (59%) dos entrevistados acham que de modo geral o nível de criminalidade no país é “muito alto.” Apenas 1,6% acham baixo. À pergunta “você acha que neste momento a criminalidade está melhorando ou piorando em seu país?” 73,2% dos brasileiros entrevistados responderam que está piorando.
E 60,3% acham que a criminalidade nos últimos seis meses aumentou.
Crimes que pioraram
Para 82%, o tráfico de drogas foi o crime que mais piorou no Brasil; a seguir violência sexual para 79%; roubos e furtos para 76%; homicídios para 75%; violência de gangues para 73% e corrupção para 66% dos entrevistados.
América Latina
A pesquisa com 98 páginas é parte do Latam Pulse, uma iniciativa que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica de cinco países-chave da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
“O relatório Latam Pulse é composto por dois módulos. O módulo permanente apresenta indicadores-chave essenciais para o acompanhamento e análise de tendências ao longo do tempo, incluindo índices de aprovação presidencial, avaliação de governo, o Índice de Risco Político da AtlasIntel, o Índice de Polarização Política, o Índice de Confiança do Consumidor (CCI), o Índice de Inflação e o Índice de Liberalismo Econômico,” diz na apresentação do conjunto de dados da pesquisa divulgada na sexta-feira, 7.