Com informações de Carolina Rivieira, Revista Exame
Uma situação incomum e peculiar. É assim que a brasileira Mariangêla Simão, diretora de Acesso a Medicamentos da Organização Mundial de Sáude (OMS), descreve o debate que teve inicio no Brasil sobre o fornecimento da vacina contra a Covid-19 pela rede particular de saúde.
“Em todos os países em que a OMS vem trabalhando, a gente está verificando que as compras estão sendo feitas pelo governo, e não pela iniciativa privada”, afirmou Simão em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 6.
Segundo ela, a imensa maioria da produção que está sendo feita nesse momento está comprometida com compras governamentais.
A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) divulgou esta semana o plano de comprar 5 milhões de doses da Covaxin, vacina da Bharat Biotech, laboratório indiano.
Para a OMS não está claro ainda se um laboratório como este de fato venderá imunizantes em quantidade considerada pequena e se uma importação para a rede privada seria autorizada pelo Ministério da Saúde.
No geral, os acordos que tem sido feitos com laboratórios que desenvolveram vacinas envolvem centenas de milhares de doses e até mais de 1 bilhão de doses com governos mundo afora.