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Dia D, o Dia Dória

Bolsonaro esta asfixiado, e pelo bem do Brasil torço para que outros laboratórios parceiros entreguem mais vacinas.
Bolsonaro visita Pazzuelo que cumpriu ordens de não comprar vacina. Foto: Rede Social.

Foi a Cristina Paraguassu quem falou pra mim que no Rio de Janeiro o povo está chamando o Dia D (ontem) de Dia Doria!

O Dia D e a Hora H de Doria envenenam a alma perversa de Bolsonaro, não tenho dúvida.

A genialidade imagética do governador de São Paulo, ao lançar a vacinação no final do domingo após a aprovação das vacinas do Butantan e da Fiocruz pela Anvisa, o deixou na lona e o ministro Pazzuelo perdido, querendo também algum holofote, mas nada concretamente teve a entregar para a mídia.

Ofereceu um plano tabajara de imunização, de última hora convocou governadores para fazer foto na manhã de hoje em São Paulo, para mostrar as caixas de vacina que serão distribuídas para as capitais de 10 estados e DF.

Goste -se ou não de João Doria, antagonista de Bolsonaro que embarcou na politização da vacina, ele teve na pandemia comportamento exemplar como gestor.

Preparou o Instituto Butantan, ofereceu as condições para que a instituição trabalhe ativamente, manteve relacionamento a altura de um chefe de Estado ao tratar com a China o processo de parceria da vacina e planejou a imunização.

Em tempo: É so lorota, mais uma, a propagação pelos bolsonaristas bocais de que o governo federal botou dinheiro no Butantan.

O governo federal conseguiu aprovação no Congresso de mais de 1 bi para 100 milhões de doses da vacina da Oxford, que nem com uma gota deu o ar da graça por aqui.

Depois de esculhambar a vacina chinesa de Doria ( que ironia!), de desautorizar Pazuello que em setembro falou em fechar contrato com o Butantan para produção de 46 milhões de doses, Bolsonaro agora só respira por causa dela.

E, contudo, pressinto serem cada vez mais asfixiantes os dias dele e do sinistro Pazzuelo, o sabotador 2 da saúde pública que se incomodou com o marketing de Doria mas gastou uma grana para plotar avião da Azul.

Aquele que ia e não foi para a Índia buscar vacinas, uma patuscada alvejada pelo informe da Índia de que não tinha a vacina para entregar. O avião já plotado e tudo!

Se não fosse Dória, não teríamos a CoronaVac, chamada agora pelo presidente tabajara de a vacina do Brasil. Até pouco tempo era a vacina chinesa de Doria!

Jair Bolsonaro esta asfixiado, isolado, e pelo bem do Brasil torço para que outros laboratórios parceiros entreguem mais vacinas. Do contrário, o plano de imunização tabajara, sem vacinas e seringas, não será apenas capenga, será desastroso.